17 Abril 2018

Projeto começa no coração, mas se apresenta ao mundo em forma de papel

Literatura Cura envolve pacientes internados no Hospital da Cassems com doses diárias de otimismo e amor

 
Implantado no Hospital Cassems de Campo Grande, o projeto Literatura que Cura, da escritora e historiadora Raquel Anderson, leva aos pacientes internados poesia e textos personalizados. Como ela entrega essa dose de carinho? Em caixinhas, tubetes, latinhas adesivadas contendo os escritos. Parece uma medicação, mas o único efeito colateral é aquecer o coração. Toda a parte gráfica do projeto foi impresso aqui na Pex. “É um orgulho saber que parte do nosso serviço tem um efeito tão positivo nas pessoas. Isso faz com que o trabalho tenha um sentido diferente e especial”, comenta a gerente de Rh da Pex, Glaucia Guerra.
 

 

No texto abaixo, você conhece mais detalhes do projeto no texto de Schimene Weber para a edição digital do jornal O Pantaneiro.

 
Procurada pela equipe de reportagem do jornal "O Pantaneiro", Raquel Anderson prontamente atendeu à solicitação para entrevista e contou um pouco mais sobre o projeto, que faz sucesso como referência de atendimento humanizado nas redes médicas da região. De voz suave e conduzida por um "tom" carinhoso, ela apresentou (e nos incitou com) os seus estímulos.  "Eu escrevo há três anos, motivada pelas inquietudes da vida. Durante algumas reflexões, algo gritava dentro de mim e eu sabia que tinha um dom, mas não descobria qual era, por isso fazia várias coisas, como trabalhos de decoração, bordados... Tudo muito amador. Morei alguns anos em São Paulo e lá trabalhei como historiadora, que é minha formação. Hoje tenho minha microempresa, faço diversos trabalhos como escritora, e surgiu este projeto. Como citei, refletia muito e, uma dessas reflexões, foi o fato de me incomodar com a falta de hábito de leitura das pessoas no Brasil. Eu pensava onde poderia promover a leitura e tive a ideia de fazer o projeto para o Hospital", disse.
 
A principal proposta é oferecer os benefícios da leitura para os pacientes. "Por meio da literatura, queria ter a oportunidade de oferecer esperança e acalanto para a vida das pessoas. Eu queria doar amor, porque um hospital, até mesmo como o da Cassems, que é referência de atendimento para o País, é um ambiente de dor e não deixará de ser", explicou.
 
A escritora Raquel Anderson também explicou toda a estruturação do seu trabalho. "Eu apresentei minha proposta em fevereiro de 2017 e, em junho, ele foi aprovado após avaliação do Conselho. Por solicitação dos médicos, eu comecei a trabalhar na oncologia, uma vez que as pessoas que fazem quimioterapia possuem uma carga emocional que é de uma fragilidade grandiosa e/ou estão internadas por muito tempo... No começo, era eu e a Carolina Vitório, uma estudante de História que me ajudou na elaboração do projeto e que, no momento, está afastada de suas funções. Depois, fechamos uma parceria com o curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que nos liberaram estagiários", pontuou.
 
 
Questionada sobre como funciona a interação com os pacientes, a idealizadora foi enfática. "Um dos diferenciais do meu projeto é a personalização para cada paciente internado. Eu vou até o Hospital da Cassems, converso informalmente com a pessoa, extraio todas as informações possíveis sobre sua vida e, por fim, com o que é mais relevante, produzo poemas, poesias, aldravias ou microcontos endereçados individualmente. Eu entrego o texto em uma embalagem especial de medicamento, feita no nome do paciente. É o remédio da alma", ressaltou.    
 
Com um entusiasmo percebido na entonação, ela disse estar feliz com o resultado alcançado até aqui. "É interessante o que a gente alcança. Nas minhas pesquisas, quando escrevi o projeto, notei que, desde o século I, eram prescritas poesias, que tinham efeito curativo. Na atualidade, vemos essa ciência se comprovar. Além disso, é de uma emoção grandiosa ver, no decorrer do projeto, o quanto esse gesto muda a vida do próximo. Não há nada mais belo do que doar amor", contou.
Entre lembranças de sua vida, que inevitavelmente se misturam com lembranças geradas após a aplicação deste projeto, hoje, Raquel somente demonstra gratidão. "Eu só encontrei amor e acolhimento. Os médicos me param no corredor do Hospital para dizer que o meu projeto mudou a forma com que as pessoas respondem aos tratamentos. As melhores coisas da vida residem na simplicidade e não há nada mais bonito do que a simplicidade no amor. É essa a 'lindeza' do projeto", finalizou.
 
 
 
 
FONTE: O PANTANEIRO
 
 
 
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